segunda-feira, 30 de junho de 2008

Ajustadores de jeans

Levante a mão quem nunca se desfez de um certo jeans com tristeza. Só ele sabe o que vocês dois fizeram juntos. E agora não serve mais. Pois se a razão do descarte for tecido leceado ou alguns quilos a menos (ôba!), a coisa tem jeito, sim. Você diminui a calça e ela fica igualzinha. Em São Paulo, meu editor Marcelo Duarte encontrou a Dorival Jeans, que faz as tais reformas desde 1976. Já em Porto Alegre, a mágica é feita em domicílio por Osvaldo Lopes, que trabalhou anos e anos como vendedor de lojas bacanas. Como conhecem o corte da maioria das marcas, eles sabem ajustar o tecido no lugar certo e não, não fazem pences de jeito nenhum. Cor da linha, tipo de barra, fica tudo como era. Só os rebites não sobrevivem à modificação. No primeiro pedido para Osvaldo, é preciso ter três peças para arrumar. Convoque seus amigos neo-magrelos, ligue para ele e pronto: o homem vai onde você estiver.

DORIVAL JEANS: Av. Imperatriz Leopoldina, 1271, Vila Leopoldina, fone (11) 3641.5892

OSVALDO LOPES: atende em domicílio, fones (51)3386.7711 e 9757.5147

Viva o circo brasileiro

Uma das melhores coisas de ter filho é que a gente volta ser criança. Ou aprende a ser, já que era bem diferente ser criança trinta anos atrás. Até o circo mudou. E pra melhor. No último final de semana, fui assistir pela segunda vez ao Circo Roda Brasil, que une os grupos Parlapatões e Pia Fraus. A Catarina, com seus recentes três anos, não tirou os olhos do picadeiro psicodélico, ouvindo toda a trilha do Branco Mello. Quando a baleia inflável gigante flanou sobre a platéia, ela achou o máximo. E nem deu bola para a escuridão. Ou minha pequena é muito corajosa ou as crianças estão com medos diferentes – será que ainda vão à padaria da outra quadra sozinhas?

Com muito jogo de luz, figurino de primeira e personagens diferentões, o Roda Brasil foi montado no Memorial da América Latina. Por enquanto, é privilégio de quem estiver em São Paulo nos finais de semana e se animar a ir até a Barra Funda – para minha surpresa, facilmente alcançável pela avenida Pacaembu. Segundo um dos principais atores em cena, pelo preço de um ingresso no Cirque du Soleil, você compra um fila completa sob a lona brasileira. Vai um (bom) circo nacional?

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Rodas nos pés

Quem sou eu para escrever sobre Lucia Koch. Há um tempão morando na cidade brasileira mais lotada de gente, carros e informação, a artista já foi notícia em páginas muuuuito mais lidas que esse blog, com matérias escritas por jornalistas bem mais tarimbados que eu. Mas não resisto à tentação de reproduzir nosso papo relâmpago num show do Sesc Pompéia, ao qual ela compareceu com um sapato em forma de fusca conversível:

Cláudia (com os olhos arregalados) – Não acredito que o teu sapato é um carrinho...
Lucia (com um sorrisão estampado) – É um fusca!!!!!!

Com um dos pés wolkswagen à frente, deu pra ver melhor o modelito de verniz com rodas de calota prateada, farol, porta, capô e uma inacreditável janela de plástico transparente. No que Lucia completou:

- Olha só como embaça...

A sapatilha foi criada por Ronaldo Fraga, em homenagem ao primeiro (e preferido) automóvel de Nara Leão. Para andar por aí homenageando os 50 anos da Bossa Nova, é só ir correndo na loja do estilista e escolher a cor do carango. Dependendo do número, ainda tem preto, vermelho, bege, verde água e rosa bebê.


De butuca

Então é isso: os blogs vieram nos salvar dos editores (coisa que eu também sou de vez em quando) e da grana necessária para imprimir qualquer escrito. Livre, leve e solta, posso distribuir minha salada de achados online, prontinha para quem quiser comer. Nem sempre consigo prever quando a Cláudia de carne e osso estará em São Paulo ou em Porto Alegre, mas prometo estar sempre de butuca. O que for útil, pegue para você.