quarta-feira, 30 de julho de 2008

Falem pra mim

É hoje. No final da tarde, feliz da vida, espero família, amigos, todos os entrevistados de "Os Endereços Curiosos de Porto Alegre" e quem mais tiver vontade na livraria Cultura do Bourbon Country.

Se o livro já passou por suas mãos, peço um ajutório: comente, critique, diga qualquer coisa. Do que gostou mais? Do que não quer nem saber?

Sou toda ouvidos - e sorrisão.

Porto Alegre, a curiosa

Preciso comprar um I-phone. Se já tivesse um, não estaria numa locadora de vídeo da avenida Independência, pagando minuto a minuto do acesso à Internet. Mas vale a pena. Assim consigo contar que o Blog do ZH Moinhos publicou, hoje, um post queridíssimo sobre o meu livro.

Ontem tive o prazer de conversar com a Tânia Carvalho e o Túlio Milman, amigo das antigas, no programa Falando, da TVCom. Hoje à noite, encontro a Kátia Suman e o Rodrigo Lopes no Memorial do Rio Grande do Sul, em pleno centrão, para participar do Camarote, que vai ao ar pela mesma emissora. Amanhã tem entrevista na Rádio Gaúcha. Rola às quatro da tarde.

Coisa boa ver que meus escritos interessam ao povo da cidade onde nasci.Se não for Cláudia demais para vocês, tento postar os vídeos e o áudio aqui.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Ilhada

Desculpem a falta de posts. Por incrível que pareça, estou digitalmente ilhada. Chove cântaros em Porto Alegre e não consigo conectar o computador no apartamento onde me hospedei. Volto a qualquer hora, sempre que encontrar uma banda larga dando sopa.

sábado, 26 de julho de 2008

Restaurante que abre duas vezes por mês

Chego hoje em Porto Alegre. Vai junto uma lista de lugares pra visitar, incluindo o João de Barro, um restaurante que, dizem, só abre duas vezes por mês. Não sou de comida regional, mas a possibilidade de almoçar numa chácara em plena capital e a liberdade de servir o próprio prato na cozinha atiça curiosos como eu. Depois conto como foi.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Lançamento em Porto Alegre

Falta pouco para um dos dias mais bacanas da minha vida. É como chá de fraldas, só que pós-parto.
Como a imagem é pequena, anotem aí: quinta-feira, 31/07, às 19h30, na Livraria Cultura do Bourbon Country.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O mistério da morte anunciada (a pérola defunta II)

Não descansei antes de desvendar o mistério da pérola defunta. Na verdade, uma pérola não morre, mas sim, senhores, estraga. Basta deixá-la guardada num cofre ou colocar perfume depois de já estar com o colar. Nas joalherias mais bam-bam-bãns do mundo, como a Tiffany, o pessoal chega a deixar uma vasilhinha de água na vitrine, só para a preciosidade não desidratar.

Quem me contou foi Dinah Bueno Pezzolo, que foi editora de moda do Estadão por 33 anos e escreveu A Pérola – História, Cultura e Mercado. Expert no assunto, ela revela, por exemplo, que só no Tahiti consideram a pérola um ser vivo.

No Tahiti e aqui, nessa mesa paulistana de trabalho, onde eu velei a falsa defunta por 2 dias. Acho que me apeguei.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Pérola defunta

É tarefa para hacker encontrar um livro científico sobre pérolas ou ostras na Internet. Nunca tinha me dado conta, mas ambas as palavras são tão, tão usadas para fins metafóricos que as informações fisiológicas somem no Google. O mesmo acontece nas livrarias – pelo menos na Cultura, na Saraiva e na Siciliano, onde busquei dados confiáveis para explicar o que a Beatriz Mollo me contou.

As pérolas morrem.

Uma pérola jaz na caixinha de papelão que ela mandou me entregar, tamanha a minha vontade de ver a defunta.

Por favor, me digam: só eu não sabia?

terça-feira, 15 de julho de 2008

Os Endereços Curiosos de Porto Alegre II

O mundo porto-alegrense dos quadrinhos


Já conhece a Espaço Livre Gibis, que fica quase embaixo do viaduto Loureiro da Silva? Sim, é no centro de Porto Alegre, mas passei por lá a vida toda e nunca, nunquinha tinha prestado atenção naquela casa antiga. Até que comecei as pesquisas para Os Endereços Curiosos de Porto Alegre e a Tati Suarez, da Muppa&Cuty, me deu a dica.

O que separa os pedestres de 50 mil revistas de quadrinhos usadas é apenas uma porta e uma escada. Lá em cima, você será atendido por Thell Duarte Carvalho, dono e único funcionário da casa, que sabe de cor boa parte dos enredos. “Se o cliente perguntar qual foi o primeiro embate entre o Volverine e o Hulk,sei dizer o número da revista e em qual prateleira está. Dependendo do caso, falo quem desenhou”, me disse o moço.

Gostou da dica? Então aproveite a visita e arremate uma das inúmeras miniaturas de personagens que a loja vende. Como jornalista, é claro que eu adorei o mini J.Jonah Jameson, editor do Clarim Diário, com suas eternas têmporas grisalhas e a velha gana de difamar o Homem Aranha


ESPAÇO LIVRE GIBIS: Av. Salgado Filho, 350, Centro, Porto Alegre (não tem telefone). De segunda à sexta, das 9h30 às 19h; sábado, até 17h30.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Filme dos bons

Sexta-feira é dia de voar as tranças. A empregada dorme aqui em casa e a gente sai pra rua. Na semana passada, sem nenhum amigo ter dado a dica, resolvemos ver O Escafandro e a Borboleta.





Apesar de ser francês, o filme tem um efeito superespecial: sem sentimentalismos baratos, quase todas os ângulos mostram o ponto de vista do jornalista Jean-Dominique Balby, editor da Elle, que teve um acidente vascular cerebral em 1995, só manteve o movimento de um olho e escreveu um livro mesmo assim, piscando. A gente ri junto quando o auxiliar de enfermagem coloca um boné peludo no paciente, que pensa: “pronto, agora pareço um coelho”. Em Porto Alegre, só dá pra ver o filme no Bourbon Country. Em São Paulo, há seis salas disponíveis.

Agora quero ler o livro.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

terça-feira, 8 de julho de 2008

Vidros bonitos e baratos

Não vou classificar este post como coisa de mulher. Homens também recebem amigos em casa e mimam o próprio ninho. Para ajudar em ambas as tarefas, descobri um lugar que une duas características imbatíveis: é bom e barato. Mais conhecido pelos boxes e tampos de mesa que produz, o Pronto-Socorro do Vidro tem um cantinho dedicado a garrafas, porta-balas, vasos, cinzeiros, potes e outros objetos de vidro com preços irrisórios. Sabe aquela taça gigante, ótima para colocar sobremesas ou encher de jujubas? Custa 7 reais. Conhece as garrafas de boca larga e fundo grosso, que servem suco de laranja no maior estilo? Você paga com uma nota de 5 e ainda leva troco. Segundo a Eva, que me indicou o local, tem decorador espertalhão que compra lá e diz pro cliente que a peça custou cinco vezes mais.





PRONTO SOCORRO DO VIDRO: Rua Barão de Jaceguai, 707, Campo Belo, São Paulo, fone (11) 2714.8787

Bolsas da Angelina: lindas e fiéis

Não me lembro onde, mas li recentemente a explicação para as mulheres gostarem tanto de bolsas e sapatos. Faz sentido: ao contrário das roupas, que jogam na nossa cara qualquer quilo sobressalente, os acessórios não nos traem jamais. Se você concorda e está em São Paulo, minha dica é a Angelina Vai às Compras. Assim mesmo, como esse nome queridinho.

Para quem gosta de modelos com monogramas, lamento, a Angelina não é o lugar. Mas se o xodó forem bolsas e carteiras exclusivas, feitas por designers modernos, vá lá. A loja fica numa casinha de rua da Vila Olímpia e vende, por exemplo, as criações da Muggia, marca das gêmeas cariocas Ana e Juliana Suassuna – esta última, também responsável pelos modelos da Osklen. Experiência própria: quando você sai com uma bolsa da Angelina, volta e meia outra mulher pergunta onde você comprou.

ANGELINA VAI ÀS COMPRAS: Rua Prof. Vahia de Abreu, 653, Vila Olímpia, fone (11) 3845.6828

domingo, 6 de julho de 2008

Os Endereços Curiosos de Porto Alegre I

A vida dos outros: compre cartas escritas para outras pessoas

Preciso confessar uma coisa: a idéia de fazer um blog só me ocorreu depois de escrever Os Endereços Curiosos de Porto Alegre.Voltou a minha pulga repórter, um bichinho que andava sumido há tempos. Pois comecei a me coçar de novo e o resultado, bom, você está lendo.

Tudo isso é pra dizer que decidi transformar alguns verbetes do guia em post, antes mesmo do lançamento. Quando for o caso, deixo claro no título, exatamente como fiz agora. Aí vai o primeiro endereço, que nesses tempos de e-mails, blogs e MSNs, mais parece um reality show dos Flinstones. Se você não gostar, mande um comentário. E se gostar, vá na sessão de autógrafos – tô tão feliz por publicar um livro que vou informar a data por aqui.

Correspondência alheia

Zora era moça rica. Até a década de 50, morava em colégio interno. Depois engravidou e foi se esconder em São Paulo. Das amigas de Porto Alegre, vinham notícias dizendo que o namorado não prestava e já estava com outra. Com a mãe magoada, só teve contato meses depois. Fim do drama? “A criança nasceu com problemas, mas esta carta foi vendida”, encerra Judite La Cruz, proprietária da Antigo Garimpo, onde as histórias verídicas de muitas Zoras podem ser compradas. Num baú antigo, grampeadas aos próprios envelopes, ficam expostas dezenas de correspondências alheias. Para facilitar a escolha, todas recebem uma etiqueta classificatória, do tipo “carta para um amigo”. As que têm seqüência ficam juntas, mas não é imperativo levar todas elas. “Tu não imaginas quantas pessoas compram”, entusiasma-se o sobrinho da dona, Vandré La Cruz, freqüentemente seduzido pelos enredos. Como os autores não vão reclamar (o material costuma ser sobra de espólios), o único risco é você sentir a mesma culpa que sentiu esta repórter, chegando ao post scriptum: “depois de ler, rasgue esta carta”.

ANTIGO GARIMPO: Av. João Pessoa, 1040, Cidade Baixa, Porto Alegre - fone: (51) 3012.0718 - terça a domingo, 10h/17h30

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Imobiliária descolada

Sempre adorei casas. Acho um programão caminhar por bairros residenciais e ficar procurando as mais bonitas, as mais aconchegantes, aquelas pra onde eu me mudaria feliz da vida. Daí meu encantamento com a Axpe, a única imobiliária que conheço especializada em venda e aluguel de moradias descoladas. Fica em São Paulo, onde tem público (e dinheiro) pra tudo.

Apesar de nunca ter usado o serviço, já me diverti bastante no site. O critério de classificação não é o bairro da cidade, mas o clima do imóvel que se procura: vintage, descolado, com projeto assinado, jardim especial ou algo a mais. Tem desde apartamentos imensos até (coisa boa!) casinhas em vilas. Do estilo toscano a Ruy Ohtake. Até uma jaboticabeira plantada no pátio entra na descrição. Se só for bom para reforma, eles indicam.

Nada abertamente contra os corretores de imóveis, mas aposto que o segredo do negócio são as pessoas que trabalham lá – segundo as próprias, gente que lê os mesmos livros, vai aos mesmos restaurantes e vê os mesmos filmes que você. Pra quem gosta disso tudo, vale uma espiada no hotsite do prédio que a empresa lançou agora, o Simpatia 236. Todo o material de divulgação tem as tintas do grafiteiro francês Remed, que passou recentemente pelo Brasil.

Imagem: Agência ?EC

terça-feira, 1 de julho de 2008

O primeiro furo jornalístico do Salada Pronta

Volta e meia, eu e o Pedro almoçamos no São Cristóvão, que fica na Vila Madalena. O picadinho com feijão mexido, couve e banana à milanesa é competentíssimo e meu filho se perde nas fotos, flâmulas e outros objetos de futebol que literalmente cobrem as paredes – o único espaço ainda disponível é o teto, onde já tem alguns quadros. Pois quem também curte o boteco e mora em Porto Alegre vai gostar da notícia que o Salada Pronta, modestamente, dá em primeira mão: o São Cristóvão vai abrir um filhote por aí. Só falta os sócios (um paulista, outro gaúcho) encontrarem o ponto certo.

Filha de uma terra oito ou oitenta, perguntei para o Leonardo Prado, dono do estabelecimento, como ela vai lidar com a rivalidade entre Inter e Grêmio na hora de expor as fotografias. Simples, meu caro Watson: “vai ser milimetricamente equilibrado”. Como já acontece na casa-mãe, o novo bar deve carregar a decoração com times locais pequenos, que têm a simpatia de todos.

- Quero fazer o símbolo do Zequinha em ferro fundido.

Tomara que o filhote gaúcho, que deve ser batizado com outro nome, também tenha uma goleira dentro do mictório. Para escrever este post, entrei no banheiro masculino e não acreditei no adereço. Olhe aí e imagine a cena do bêbado tentando fazer um gol.