Sabe aquele truque de usar os ossos dos dedos para lembrar os meses que têm 30 ou 31 dias? Não adianta pra mim. Nunca sei se começo pelo côncavo ou pelo convexo. A prova está no post aí embaixo.
Cheguei ontem de férias, amanhã volto ao blog decentemente e só agora me dei conta da data marcada para o meu retorno: 31 de novembro. Tenham dó deste cérebro que, vai saber por que, também trava para a regra de três.
domingo, 30 de novembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Eu vou. Mas volto.
Eu disse aqui que iria viajar. Já dizia antes de engravidar do meu primeiro filho e das minhas prioridades se voltarem, nesta ordem, para gugus-dadás, pokemons, vídeo-games, gugus-dadás de novo, qualquer coisa cor-de-rosa e futebol.
Amanhã, o sangue Aragón vai gritar. Embarco com o Fernando para a terra de onde, ao que parece, saiu meu bisavô. Para dobrar todas as esquinas, levo sapatos baixos. Para descansar de um livro e dez meses sem férias, peço desculpas: não sei se poderei escrever.
Já estou com saudades do Pedro. Já sinto a falta da Catarina. Desconfio que não conseguirei ausentar-me do blog por completo.
No dia 31, com certeza, estarei de volta. Se eu tivesse um playlist agora, a primeira música seria -- como sempre foi -- esta aí de baixo.
Amanhã, o sangue Aragón vai gritar. Embarco com o Fernando para a terra de onde, ao que parece, saiu meu bisavô. Para dobrar todas as esquinas, levo sapatos baixos. Para descansar de um livro e dez meses sem férias, peço desculpas: não sei se poderei escrever.
Já estou com saudades do Pedro. Já sinto a falta da Catarina. Desconfio que não conseguirei ausentar-me do blog por completo.
No dia 31, com certeza, estarei de volta. Se eu tivesse um playlist agora, a primeira música seria -- como sempre foi -- esta aí de baixo.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Noite de cinema: alugando uma limousine
O que você faria com uma limousine? Chegaria triunfante a uma festa, tal qual artista de cinema na noite do Oscar? Chamaria os amigos, fecharia as janelas e desfrutaria de uma festa particular ambulante? Seja qual for o uso, o automóvel pode ser alugado na Madrugasul.
Fabricado nos Estados Unidos, o modelo Lincoln Classic 95 não é dos mais modernos, mas ostenta sete metros de comprimento, DVD, CD, duas pequenas geladeiras, espelhos e teto solar.

Atrás, os bancos de couro acolhem seis pessoas. Na frente, separados pelo clássico vidro que abre e fecha, vão mais dois passageiros e o motorista vestido a caráter – pode esperar pela luva e pelo quepe.
Fabricado nos Estados Unidos, o modelo Lincoln Classic 95 não é dos mais modernos, mas ostenta sete metros de comprimento, DVD, CD, duas pequenas geladeiras, espelhos e teto solar.

Atrás, os bancos de couro acolhem seis pessoas. Na frente, separados pelo clássico vidro que abre e fecha, vão mais dois passageiros e o motorista vestido a caráter – pode esperar pela luva e pelo quepe.
Como nos filmes, o carro é preto e tem acabamento interno de madeira. O aluguel pode ser feito por hora ou por dia. Vai uma noite de ricaço aí?
domingo, 9 de novembro de 2008
Para falar com as mãos
Já tive uma colega surda-muda. Queria porque queria aprender sua mímica. Me agoniava não entender suas perguntas. Percebia suas angústias e nunca sabia o que fazer. Foi quando resolvi treinar o alfabeto em Libras – Língua Brasileira dos Sinais. Pena que não adiantou muito.
Como dá para ver no vídeo aí de baixo, é quase outro idioma. Para cada expressão (vale espiar o dicionário que encontrei na web), há um gesto. Ou você acha que as mãos falariam tão rápido se ficassem soletrando?
Em Porto Alegre, você pode aprender esses e muitos outros sinais na sede regional da Feneis – Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos. O curso básico, que serve apenas para a comunicação, dura 180 horas. O avançado prepara tradutores-intérpretes e dura mais 400 horas, incluindo expressão corporal e ética.
Como os professores são surdos, o aluno é obrigado a praticar. Se não, para quem fala, pode ser mais complicado do que qualquer língua audível. Quer comprovar? Então saiba que o alfabeto dos surdos varia de país para país, até naqueles que falam o mesmo idioma. Compare os sinais do Brasil e de Portugal e veja a diferença.
Como dá para ver no vídeo aí de baixo, é quase outro idioma. Para cada expressão (vale espiar o dicionário que encontrei na web), há um gesto. Ou você acha que as mãos falariam tão rápido se ficassem soletrando?
Em Porto Alegre, você pode aprender esses e muitos outros sinais na sede regional da Feneis – Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos. O curso básico, que serve apenas para a comunicação, dura 180 horas. O avançado prepara tradutores-intérpretes e dura mais 400 horas, incluindo expressão corporal e ética.
Como os professores são surdos, o aluno é obrigado a praticar. Se não, para quem fala, pode ser mais complicado do que qualquer língua audível. Quer comprovar? Então saiba que o alfabeto dos surdos varia de país para país, até naqueles que falam o mesmo idioma. Compare os sinais do Brasil e de Portugal e veja a diferença.
FENEIS - Regional RS
Rua Dona Laura, 1020, sala 111, Mont´Serrat
(51) 3321.4244
feneisrs@terra.com.br
www.fenis.org.br
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Os menores livros do mundo
Sorte de quem pode terminar seu dia na Feira do Livro. Como estou prestes a viajar (na semana que vem eu explico melhor), não posso estar aí para respirar cultura perto do porto. O que - bendita tecnologia, viva os amigos - não me impede de saber o que anda acontecendo na Praça da Alfândega.
Se você já foi até lá, vai entender por que preciso falar sobre a barraca 2 do setor internacional, que fica entre a rua Siqueira Campos e a avenida Mauá. Com sede no Peru, a editora Os menores livros do mundo é um prato cheio pra turma do tenho-que-ver-o-que-é-isso.
Se você já foi até lá, vai entender por que preciso falar sobre a barraca 2 do setor internacional, que fica entre a rua Siqueira Campos e a avenida Mauá. Com sede no Peru, a editora Os menores livros do mundo é um prato cheio pra turma do tenho-que-ver-o-que-é-isso.
Todos, absolutamente todos os 300 títulos vendidos no local são mínimos. Cinqüenta e três deles foram editados em português, dividindo-se em oito categorias: amor, auto-ajuda, clássicos, crianças, exotéricos, pensamento vivo, religião e, na linha funcional, os livros-chaveiro. O preço médio é de 15 reais.
Tem Dom Casmurro, A Escrava Isaura, A Santa Bíblia Ilustrada (!), Dom Quixote e histórias infantis, apenas para citar alguns exemplos. Tanto O Pequeno Príncipe, de 427 páginas, quanto o Kama Sutra, campeões de venda até agora, não passam de 5 X 6 centímetros.
Achou diminutos? Então foque bem o olhar e procure pela coleção Te amo, formada por três volumes. Cada um deles traz 30 poemas de vários autores, tem 120 páginas e, pasmem!, 1,5 centímetro de altura. É mais ou menos o tamanho de uma unha. Só não dá pra perder porque inclui a estante.
Elias Avilio, representante da editora no Brasil, garante que ninguém precisa de lupa para ler as obras publicadas na íntegra, encadernadas em capa dura e com lombada em alto relevo. Depois da feira, a única maneira de comprar os mini-livros será por encomenda. Pelo que se sabe, nenhuma livraria da cidade oferece o catálogo. Ou será que a gente é que não está enxergando direito?
fotos: Rômulo Valente (1,2 e 3) e divulgação (4)
OS MENORES LIVROS DO MUNDO
54ª Feira do Livro de Porto Alegre
Setor Internacional, barraca 2
Praça da Alfândega, Centro
(19) 9210.2682
OS MENORES LIVROS DO MUNDO
54ª Feira do Livro de Porto Alegre
Setor Internacional, barraca 2
Praça da Alfândega, Centro
(19) 9210.2682
até 16 de novembro, das 13h às 21h
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Batalha pelo almoço: vegetal X animal
Até meus 12 anos, ir ao Winge era programa de sábado. Depois que a mãe se foi, nunca mais compramos mudas. Nosso jardim com rosas brancas ficou aos cuidados do Seu Pedro, que jurava de pés juntos: “o certo, Cláudia, é LAR-GA-ti-xa”.
Sempre soube, portanto, que voltar àquela rua do bairro Tristeza seria viajar no tempo. Ao tempo em que os desenhos animados mostravam plantas carnívoras gigantes e a gente, comendo pão com chimia, acreditava na ameaça.
Quando Janete Sorgetz, que trabalha no Winge, me mostrou a Dionéia, o filme da minha vida fez forward em segundos e me vi com um mísero vasinho na mão. Comprei para o meu filho e nem ele, apesar das folhas dentadas, achou nada de mais. Como não agüenta o frio, a pobre morreu em poucas semanas. O vídeo que segue mostra um exemplar da espécie na hora do almoço.
Dentro da estufa, fui apresentada à Nepenthes. Engano meu acreditar que seus jarros verdes eram inofensivos. Até aquele dia, os funcionários da casa só viram insetos caírem lá dentro, mas o Youtube mostra uma vítima bem mais rechonchuda.
Para ter uma dessas comilonas em casa, é só passar lá no Winge . Nenhum dedo de criança corre risco. E não, não dá para ouvir nhac!.
Sempre soube, portanto, que voltar àquela rua do bairro Tristeza seria viajar no tempo. Ao tempo em que os desenhos animados mostravam plantas carnívoras gigantes e a gente, comendo pão com chimia, acreditava na ameaça.
Quando Janete Sorgetz, que trabalha no Winge, me mostrou a Dionéia, o filme da minha vida fez forward em segundos e me vi com um mísero vasinho na mão. Comprei para o meu filho e nem ele, apesar das folhas dentadas, achou nada de mais. Como não agüenta o frio, a pobre morreu em poucas semanas. O vídeo que segue mostra um exemplar da espécie na hora do almoço.
Dentro da estufa, fui apresentada à Nepenthes. Engano meu acreditar que seus jarros verdes eram inofensivos. Até aquele dia, os funcionários da casa só viram insetos caírem lá dentro, mas o Youtube mostra uma vítima bem mais rechonchuda.
Para ter uma dessas comilonas em casa, é só passar lá no Winge . Nenhum dedo de criança corre risco. E não, não dá para ouvir nhac!.
WINGE GARDEN CENTER
Rua Dr. Mário Totta, 963, Tristeza
(51) 3268.4880
winge@terra.com.br
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Não-autógrafos
Estou devendo uma satisfação para vocês. Eu disse aqui que tinham me convidado para ir à Feira do Livro, mas não vai rolar. Peço desculpas às duas leitoras que esperavam me ver por aí.
Em compensação, há grandes chances de eu voltar a Porto Alegre para um evento bem bacana. Só acho prudente receber a confirmação antes de contar. Seguro, aquele que morreu de velho, era muito menos impulsivo do que sou.
Em compensação, há grandes chances de eu voltar a Porto Alegre para um evento bem bacana. Só acho prudente receber a confirmação antes de contar. Seguro, aquele que morreu de velho, era muito menos impulsivo do que sou.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Não é nada do que você está pensando
Tire as crianças do computador. Diga para os pudicos darem uma volta. Não tenho como postar sobre o jogo de cartas que pouquíssima gente conhece sem escrever um palavrão. Mesmo que a ortografia seja antiguinha e troque o “f” por “ph”.
Até onde eu sei, em Porto Alegre, só um grupo domina o Phoda-c. Ou, melhor, uma família. Distribuídos principalmente entre a capital e Santa Maria, os Gaiger criaram até um scoresheet para organizar a jogatina – a versão “ferre-se” só existe porque uma das integrantes do clã foi jogar num clube chiquetoso, mas vamos combinar que não tem metade da graça.
Até onde eu sei, em Porto Alegre, só um grupo domina o Phoda-c. Ou, melhor, uma família. Distribuídos principalmente entre a capital e Santa Maria, os Gaiger criaram até um scoresheet para organizar a jogatina – a versão “ferre-se” só existe porque uma das integrantes do clã foi jogar num clube chiquetoso, mas vamos combinar que não tem metade da graça.
“Morávamos nos Estados Unidos, em 1984, quando meu filho, que estudava em Piracicaba, levou o jogo pra lá”, me contou Clóvis Silveira, casado com Therezinha Gaiger Silveira. É ela quem aparece aí embaixo como campeã nacional de 1997, sem que nunca tenha havido tal competição. Tanto o título quanto a planilha de pontuação foram inventados por um amigo americano do casal.
Sobre a origem do jogo, nem o filho de Clóvis sabe falar. “É uma variação do King, que é uma variação do Bridge”, acredita Fernando, atualmente morando em Brasília.
Se não fosse improdutivo, eu descreveria as regras por aqui. Para não faltar com a informação, adianto que:
a) O jogo funciona na base da aposta.
b) Mais importante do que ter cartas vencedoras, é cumprir a promessa.
c) O número total de apostas nunca pode ser igual ao número de rodadas. Em outras palavras: alguém, necessariamente, vai se dar mal.
Entendeu porque o jogo se chama Phoda-c?
Já tinha ouvido falar sobre ele?
Conhece outro jogo incomum? Se a resposta for sim, conte pra nós, por favor.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Pinto no lixo
Foi a Cássia Zanon quem me avisou. O Luís Augusto Fischer, autor do Dicionário de Porto-Alegrês, do Dicionário de Palavras & Expressões Estrangeiras e do Machado & Borges, entre outros títulos bacanas (não é a toa que ele é finalista do prêmio Fato Literário), elogiou meu humilde livro no seu blog.

Já tinha acabado de escrever este post quando o querido Rommel Simões, amigo de priscas eras, completou: o Fischer também falou do assunto no rádio, hoje à tarde, ao ser entrevistado pelo Ruy Carlos Ostermann. Se você tiver paciência de abrir o link, aviso que o programa é longo e que o assunto rola no finalzinho.
Desculpem se banco a exibida, mas acho que nossa troca diária permite. Para vocês, posso confessar: tô mais feliz do que pinto no lixo.
Desculpem se banco a exibida, mas acho que nossa troca diária permite. Para vocês, posso confessar: tô mais feliz do que pinto no lixo.
domingo, 2 de novembro de 2008
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